Segundo Bi, o gosto pelo Gir remonta 1947, quando seu pai, Custódio Martins Barros, começou a criar animais da raça.

O seu avô, José Martins de Barros, era criador de Indubrasil e naquele ano doou para cada um dos 12 filhos 1000 vacas indubrasil.

O pai gostava muito de Gir e passou esse gosto para o filho.

Quando comprou a fazenda Café Velho para cultivar cana-de-açúcar, iniciou também a criação de cavalos Mangalarca Paulista.

Mas foi a convivência com o velho amigo Ulisses Garcia Pereira, o “Pimenta”, já falecido, que despertou o velho gosto pela raça Gir. Como a fazenda possuía muitos pastos com capim brachiária, capim que cavalo não come, Pimenta insistiu com Bi para colocar nesses pastos animais bovinos da raça Gir.

Foi aí que tudo começou, em 2001. A primeira fazenda que ele visitou e comprou animais foi na Estância São Jorge, do falecido Jorge Cordeiro, em Dores do Indaiá (MG).

Segundo Bi, o precoce sucesso na seleção de Gir é devido ao esforço em fazer tudo direito, aos investimentos certos, a escolha dos melhores animais e dos melhores touros, “além da mão de Deus”.

O objetivo inicial da sua seleção já foi alcançado, que “era produzir animais altamente caracterizados, grandes e com muita beleza dentro do padrão da raça”. Para ele, esta etapa está consolidada com os diversos cruzamentos feitos na fazenda.

O criador diz que “agora sei quais os touros que posso usar para manter o padrão racial do meu gado e já tenho touros nascidos na fazenda que me garantem esses objetivos”, revela.

Nesses sete anos de seleção a prioridade da fazenda Café Velho foi dominar os acasalamentos que “garantissem a qualidade racial que acho que o Gir deve ter”. Agora – revela o criador – “estou pronto para buscar leite nas diversas linhagens que possuo e essa será minha próxima meta”, confessa.